O que é o homem?

Vivemos uma crise de identidade. Em meio a tantos avanços tecnológicos atravessamos o século XX com a seguinte pergunta: o que é o homem?
Alguns mais ousados ameaçaram arriscar uma resposta mas foram calados, talvez porque acertaram-na. Quando Martin Luther King disse: “eu tenho um sonho” pronto, logo trataram de acabar com sua utopia, ou quando Mahatma Gandhi tentou explicar : “a força de um homem e de um povo está na não-violência”, mas os líderes ingleses e americanos nem se importaram com o sofrimento do povo.
O egoísmo insiste em permanecer soberano enquanto vozes no deserto clamam por igualdade, século em que intitulam como avanço as máquinas e a chegada do homem à lua, mas como podemos acreditar que avançamos se milhares de pessoas ainda são exploradas por uma minoria que se alto denomina a solução para o mundo.
Cobriremos nosso rosto por vergonha ao saber que não fazemos nada para mudar a situação caótica em que vivemos, ou quando tomamos uma atitude, a mesma é pautada de interesses particulares. Levantaremos de nossa cama apenas para mais um dia de trabalho e passar-se-á mais um século de explorações e indiferença para com o sofrimento da população mundial.
O homem talvez seja uma máquina de destruição que, para destruir, volta à sua infância pueril e aponta para o outro dizendo: a culpa é dele!