Uma roda humana, uma fogueira, um violão, uma garrafa de vinho e muita maconha.
Não fosse aquele maldito Tobias Aguiar, esses cinco jovens estariam vivos. Se eles não tivessem naquela esquina, aquele dia, aquela hora... Quem foi que inventou o violão?
Quem sabe se o Djavan não tivesse escrito aquela música que os jovens cantavam no momento da abordagem, Flor de lis... Morto na beleza fria de Maria...
Coitadas são as mães, devem estar sofrendo... E o meu jardim da vida, ressecou, morreu...
E a esquina, por que existe, quem foi o vereador, prefeito ou presidente que criou as esquinas? Foram eles? Quem foi?
Se aqueles jovens estivessem trabalhando, ou em alguma outra ocupação...
O que levaram eles a se encontrarem naquela esquina?
Acho que foi o vinho, hum! Aquele gosto doce de uva... Da onde veio a uva?
Da videira. E a videira?
Da semente. E a semente?
Naquela roda os jovens fumavam maconha, foi por isso que a ROTA os abordaram, e também por que os policiais não gostam do violão, por que foi ele que ajudou Geraldo Vandré a compor: “Pra não dizer que não falei das flores”.
Alguns poetas acham que o motivo disso tudo, foi a “noite”, que seduziu os jovens.
O que é a sedução?
É sentimento ou só prazer?
Diz algumas mulheres que sedução não é pra qualquer um, só pra quem ama.
Amor? Da onde veio? Quem é você, que é misterioso ao mesmo tempo em que é popular?
Na sinceridade, o sincretismo dos termos abstratos, foram os causadores dessa tragédia, manipulada pela bebida, a música, a droga e o governo sistemático.
Quais os ideais e os sonhos que esses jovens levaram para o túmulo. Aliás, quem são esses jovens que cantam músicas em protesto contra um tal de sistema?
Que sistema é esse?
Tem integrantes humanos?
Será que a morada da hipocrisia está aqui?
Confecções, motivos, idéias, consumismo e soluções próprias. Sim, estão pensando, não existem, eles vivem.
A elite já dormiu, enquanto eles ainda vão dormir... Pensativos.
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