Conforme o divulgado pela Anistia Internacional, o Brasil vêm fracassando com relação a efetiva recepção de programas ou perspectivas então tendentes à proteção e defesa dos direitos humanos, enfatizando-se, dentre outros fatores, a assídua ocorrência de assassinatos oriundos da ação da Polícia, aliado à adoção de métodos de tortura e de maus-tratos, a bem dizer, quase institucionalizados.
Em se fazendo uma pequena retrospectiva, verifica-se que a incidência deste ou daquele caso, ainda que inconcebível, ao menos diante dos que ainda guardam o gérmen da indignação, mostrou-se insuficiente para com uma mudança de postura por parte dos responsáveis pela idealizada alteração de rumo, não só em âmbito governamental, mas também no seio da presente sociedade.
Analisando-se os Três Poderes, se constata, outrossim, uma certa ineficiência de suas atividades, seja no Legislativo, não só pelo não despertar de projetos direcionados a mais detida tutela dos direitos humanos, apesar da infinidade de tratados e convenções internacionais de há muito vigentes, mas, o que é mais preocupante, pelas tentativas de contemplação de vários outros, por assim dizer, intimamente comprometidos com um já iminente recrudescimento em sede desta temática. No Executivo, em que pese a criação de alguns programas a se ter por escopo a preservação dos direitos humanos, inclusive pelo governo Lula, estes, infelizmente, ainda carecem de maior imposição na já velha distinção entre teoria versus prática. No Judiciário, não bastasse a lentidão dos trâmites processuais, muitos dos ofensores aos direitos humanos sequer vão a julgamento, o que possibilita evidenciar, pois, um elevado grau de impunidade.
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