Estar privado do direito de ir e vir é uma sensação de não ter o chão a seus pés.
É estar, constantemente, em estado de alerta, pois não se sabe como será o dia seguinte.
É como se cravasse um ferro em brasa no peito.
É como se alguém cortasse seus braços e pernas e te colocasse em um deserto.
O mesmo que estar em um infinito deserto à procura de água.
O mesmo que estar no oceano sem algo para não afundar.
É como se um filho te pedisse socorro e você não estar por perto.
É saber que existe Deus e ignorar sua existência.
É saber que você é capaz, mas estar sempre se sentindo incapaz.
É como se seus olhos fossem arrancados e você colocado em um precipício para tentar a sorte de não cair.
É tentar ser ouvido por uma multidão em um estádio de futebol, mas com uma mordaça na boca.
Por fim, estar preso é estar morto-vivo, mas sempre com a chama de Deus como esperança.
Cesar Nascimento Júnior
Cidadão brasileiro
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