Eu Preciso de Você!
Por: Júnior Barreto
Somos proprietários de nosso corpo no qual não se resume apenas em matéria. É algo muito mais amplo que traz em nosso interior o maior significado de nossa existência: a nossa alma, o nosso poder de raciocínio, o nosso cérebro, que é essa complexidade fabulosa.
Sozinhos não podemos viver. Somos únicos. Mas será que dentro da gente cabe apenas nós mesmos?
Para domínio das ações, devemos agir por nós mesmos, pela ideologia que nos formamos, que foram adquiridas em crenças, costumes, que são proveniente do que nos foi e é apresentado.
No decorrer de nossa existência, experienciamos do que vemos de válido em nosso semelhante, seja por uma música, por um amigo, por um escritor, poeta, pintor e dessa forma somos formados em nossa característica e personalidade.
Não posso ser individualista e considerar que não preciso de nada e nem ninguém.
Ora, como saberia falar do que falo se não tive ninguém para debater, para concordar, discordar, se antepor, mostrar algo novo, um outro ângulo sobre o mesmo assunto?
Vejo na partilha a esperança de um sorriso, de um bem estar, do companheirismo, da fraternidade, da recuperação e elevação da alma. E automaticamente quando isto realizamos, somos erguidos por nós próprios.
Devemos sim, todos os dias, tentar ser feliz.
É como um viciado que supera a sua dependência todos os dias: cada dia que passa é uma nova vitória. É sabido que entre um dia e outro haverão adversidade, resistências, tristezas, apatia, mas são necessárias para atingir a glória, a alegria, a felicidade plena.
É através da dúvida e da incerteza que do fundo do poço encontramos a luz, a compreensão, a alegria de acertar o alvo. Portanto não desistamos nunca. E por mais que a visibilidade dos fatos digam o contrário, prove a si mesmo a sua capacidade de superação, não perdendo a própria identidade, procurando evoluir, sendo você mesmo, mas não sendo sempre o mesmo.
Não há gratificação maior em saber que alguém se ergueu e você positivamente teve uma parcela nesse processo.
É esplêndido e fascinante. Esse é o efeito da alegria incondicional, que nos motiva a disserminar essa certeza de que o ser humano é capaz. Por mais difícil que sejam as situações, somos o que acreditamos ser, transformamos em realizações o que nossa imaginação decidir, enfim, vislumbrar.
O ser humano foi criado e multiplicado não apenas para a continuidade da espécie, mas também para a descoberta de seus inúmeros conhecimentos e talentos através de seu semelhante.
Os meus erros são resolvidos com o acerto do próximo, a minha certeza é atingida com a inteligência de meu irmão e dessa forma desenvolvemos esta riqueza, que é o nosso poder de evolução, de amplitude racional e desta forma passamos à frente a experiência de nossos acertos.
Sou o dono da minha história. Não me permito privação da liberdade de pensamento, inclusive adquirida pela constituição federal, mas ao mesmo tempo, para disserminar qualquer descoberta artística de pensamento eu preciso de você.
Temos que olhar para frente, com visão holística, sem restrições de "mundos", de julgamentos e imposições, sem considerar conhecedor da verdade, pois a minha verdade pode ser diferente da verdade do outro.
Temos que respeitar as diferenças, tendo um olhar crítico, fundado, com embasamento e desta forma compreenderemos o teor dos debates, falaremos pelo próprio poder de raciocínio que somos providos, sem considerar o que foi ouvido como verdade absoluta.
Nada do que ouvimos, de quem é que seja podemos considerar uma verdade absoluta, podemos até concordar em sua totalidade, mas sempre procurando ouvir bem atento, com o filtro interno ativado, pensando nas muitas possibilidade, de todos os lados e formas possíveis. Desta forma não ficarei alienado.
Há filtros de alienação que recai sobre todos, como foi dito, e podem ser obtidos através de uma música, um filme, uma peça de teatro, um livro, um poema, um formador de opinião, em que lhe dá a certeza de que podemos sempre mais. Podemos ampliar infinitamente os nossos horizontes, sempre acompanhado e aprendendo com você, pois sem você, graça não teria.
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