O RAP (abreviatura de rhythm and poetry), expressão mais forte da cultura Hip-Hop, foi criado por jamaicanos em Kingston e desenvolveu-se no Bronx, Nova York, em meados dos anos 1970. Transformou-se num forte veículo de contestação e denúncia das agruras dos grupos marginalizados que ocuparam as periferias dos Estados Unidos – jovens de origem afro-americana e caribenha.
Os Dj’s e MC’s Afrika Bambaataa, Grandmaster Flash e Kool Herc, o grupo Sugar Hills Gang e o Dj jamaicano Lee Scratch Perry foram pioneiros da expressão RAP nas festas e bailes de rua durante a década de 1970, e também responsáveis pela sua mundialização a partir da década de 1980.
O RAP caracteriza-se pelo “cantar falando” durante uma música e pela voz forte proferindo críticas contra a miséria, as drogas, o crime, entre outras mazelas que acometiam os jovens pobres das periferias estadunidenses.
Esse “cantar falando” já era popular na Jamaica entre os rastamens, que criaram a prática de contar suas histórias por cima de músicas do estilo reggae.
Foi o DJ Kool Herc que levou o sistema de som dos jamaicanos para as periferias de Nova Iorque. Nos Estados Unidos, uniu-se ao soul, ao funk, ao jazz e a black music em geral.
Desde então, o RAP, originário das ruas, amadureceu, ganhou força e se ramificou em vários estilos, apresentando críticas cada vez mais veementes contra a idéia dominante do American Way of Life e da pretensão dos Estados Unidos, hipócrita "terra da liberdade", enquanto nos guetos os pobres latinos e afro-americanos sofriam com a violência social.
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