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Quinta - 21 de Novembro de 2024
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Meu Bairro

Por: EDSON TALARICO

Ah!! Meu Bairro. Acreditem e pasmem, o CAPÃO REDONDO, já foi um bairro lindo e decente prá gente morar.

Já foi lugar onde se podia sair à noite prá passear e bater papo sem medo de ser feliz.

Meus pais foram um dos pioneiros. Talvez alguém se lembre de seus nomes:

Valdemar Talarico (motorista da São Luiz) e Maria do Carmo Correia Talarico, a Dona Carmem do coral da Igreja, ambos saudosos em nossa memória.

Eles vieram prá cá, em busca de uma vida melhor, por volta dos anos de 1947, 1948, quando nasci.

Instalaram-se em uma “Vendinha” na beira da Estrada de Itapecerica, na Vila Santa Maria, perto do Valo Velho. (existe até hoje lá, logo depois do Dom José, em frente ao Farol).

No local ficaram pouco tempo e meu pai resolveu abrir uma olaria no meio do mato, entrando lá prá onde hoje é o Independência. Era mais ou menos 1950.

Lembro, ainda pequenino, que em frente à nossa casa, meu pai construiu um campo de futebol (ele era bom de bola, ia jogar no Palestra Itália) e fundou o “11 Paulista” com a camisa igualzinha à do Corinthians (era fanático pelo Timão)

Fomos crescendo eu e meus irmãos, Edna, Wagner, Helen, Robinson, Mara, João e Ednalva (Vica). Mudamos várias vezes, mas sempre nas imediações do Capão Redondo.

Estudando na “Escola Mista São Vicente de Paula”, Freqüentando aos domingos a “Paróquia Nossa Senhora do Carmo”, correndo de caminhão de campo em campo de futebol para assistir aos jogos do “11 Paulista”. Assim, colecionei memórias deste bairro, as quais, gostaria de registrar para que alguém que seja do meu tempo, ou ainda, na esperança de que alguém, que tenha uma imagem distorcida do meu bairro, possa ter uma outra perspectiva:

Lembro da Venda do Jeremias, que deu nome ao local, porque em frente a ela existia uma “BOMBA DE GASOLINA” daquelas vermelhas de antigamente.

O local, encontro da Estrada de Itapecerica com a Av.Elias Maas, passaria a ser chamado de “BOMBA”.

No final da Comendador Santana, o Largo São José, era conhecido como Garagem do Major. Depois passou a ser o Ponto Final do Capãozinho.

Lembro da Venda do Seo Adelino na Entrada da Carlos Lacerda, em frente ao portão da Superbom, onde a gente comprava as balas paulistinha que vinham com figurinhas de futebol, prá gente colecionar num álbum ou jogar “bafo” na hora do recreio.

Lembro da Dª Tereza, diretora da Escola, mãe do Jorge, Valiria, Miguel, Zé Vicente, Teca e Malu.... e do Seo Adelson, que quando a gente ia na casa deles  assistir Televisinho, ele desligava a TV alegando que estava muito quente e precisava deixá-la descansar... E, lá a gente ia saindo de mansinho, com o rabo entre as pernas. Ele só ligava a TV na hora do Repórter Esso, que lógico a gente não gostava. A gente queria assitir o “Capitão 7”.

Lembro das Temíveis, Donas Maria do Carmo e Mariínha, mãe e filha,  da Associação Beneficente de São Vicente de Paula, mantenedora da Escola....

Lembro do Nishimura, dono da Padaria, que depois passou pro Cabral e acabou na mão do Seo Oswaldo, o qual, ainda hoje pode ser encontrado na Padaria e Confeitaria da Serra em Itapecerica com seu irmão Wilson...

No local da Padaria hoje está o Metrô (quem diria) do Capão Redondo.

Lembro me de muita gente, e muitas coisas daquele tempo, os quais me trazem boas lembranças;

Seo Vitório (Chácara Do Dr. Neves), Cinirino, Roque (Goleiro), Myoko, Moacir, Vera, Gentil (Pinguinha), Pinga e  o Japonês (que trabalhavam com o Mané Feirante), Seo Napoleão a Dona Ana e a mãe dele Dona Maria Cizina, o Valter Bartel “Valtão” (que fazia o muro estremecer com seu chute), o Esquerdinha, Mario Cavassa, Seo Nelson (Sargento da Guarda Civil), Quirino, Cooperativa, A Igreja Adventista, O Enoque da Quitanda, O Arnaldo e a Tereza, Seo Sebastião e Dona Luzia, Seo Vicente e Dona Fortunata e todos os seus filhos (Dada, Didi, Dirika, Jate, Demi, Cira), o Zé Roberto (goleraço) e o Valbertone (amigos que foram comigo para Araraquara),  Dona Veronica, a Família Diniz, os Rocha, o Danilo Lopes, o Tininho, o Romualdo e das Famílias que trabalhavam com meu pai na olaria: Os Lucianos: Jorge, Zé Carlos, Luis, Gloria, Cida e o Taíde,  O Zé Caçambeiro, Os Bertelli, O Izidoro, O Abílio, meu avô e a Tia Conceição, a Maria e o Zé (primos), e tantos outros.

Depois vieram o Silvio e seus irmãos, João, Divino, e Dinarte o Zé Aguiar, o Cido e o Toninho, o meu irmão de coração Toninho do Violão (Augusto), a Cidinha Augusto que cantava muito.

Lembro da Salete e da Mazé as loirinhas, filhas do Mimo, que moravam na Paineira, irmãs do Pádua, do Zé Luiz Sanfoneiro e da Sarita, Mulher do William, o Tião, o Miltão, o Guela, o Barril, o Fernando (Baiano retado), o Marinho (que mais tarde seria meu cunhado) e o Mariano, o Grilo, o Abner (dono do time),  o Adriano Português, da Padaria “Flor de Coimbra”,  o Gino, o Pérsio, e outros... muitos outros...

Infelizmente minha memória me trai, às vezes lembro das pessoas mas os nomes me fogem, mas com certeza ainda lembrarei e completarei a lista...

 

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