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Dona Carmem

Por: EDSON TALARICO

A história da Dona Carmem ainda não estava no fim. Inacreditavelmente, mesmo com todos os sinais vitais dizendo o contrário. Sentada na cama tagarelava para os presentes (filhos, noras, genros, netos e visinhos) sua viagem fantástica ao além vida, quando tivera uma experiência única, fora de encontro à luz e voltara. Sua missão ainda não teria chegado ao fim.

Contou-nos que sentira que estava de olhos fechados em um ambiente em que todos à sua volta rezavam fervorosamente. Ela, neste momento ouviu chamarem seu nome, insistentemente, mas estava envergonhada por não estar rezando junto com os demais, por isso não abriu os olhos. Só fez isso depois que não ouviu mais o chamado.

Dia 12/06/1976, o meu amigo Antonio Augusto, acabara de se casar. Eu, também recém casado, morava agora no Largo do Socorro e, após o casamento fui para minha casa, deixando porém, na casa da minha mãe uma situação que nos parecia bastante difícil. Ela estava muito mal. Mas, muito mal, mesmo. Fiquei de voltar na manhã seguinte para ajudar, caso fosse necessário.

O Robinson, juntamente com o Luis, meu cunhado,  saiu para me chamar, depois de ter ido com a Vica (irmã mais nova) buscar o Padre Saturnino enquanto o João (irmão mais novo) foi buscar o Dr. Gideon (médico que socorria minha mãe em suas crises) que morava na esquina da Rua Landulfo de Andrade com a Luis da Fonseca Galvão.

Assim que o vi já pressenti o pior:

“ ...a mãe está morrendo...”

Corremos para o Capão Redondo, já preparados para tudo. Porem, nos deparamos com a cena acima.

O Padre chegou primeiro. Como ela já não respondia a nenhum estimulo. Ele passou a ministrar a extrema-unção, hoje conhecida como “Unção dos Enfermos” e pediu que todos rezassem juntos. Faz parte do rito da “unção dos enfermos” chamar a pessoa pelo nome pronunciado bem próximo ao ouvido do doente.

Padre Saturnino ao sair, muito triste, pois, Dona Carmem era uma pessoa muito querida da comunidade, disse à Edna, minha irmã mais velha, que voltaria às 8 horas para tratar do funeral.

O Doutor Gideon ao chegar examinou-a e nada tendo a fazer, circunspecto, entregou à Edna um atestado de Óbito, preenchido e assinado, faltando apenas a hora de sua ocorrência.

Assim que o Doutor deixou a casa e, à vista de todos, Dona Carmem abriu os olhos e pôs-se a tagarelar e contar a experiência que havia vivido como transcrito no inicio.

No dia seguinte pela manhã, ela circulava pela casa como se nada tivesse acontecido.

Até hoje nós acreditamos que presenciamos um milagre.

O Padre Saturnino negou por um bom tempo. Mas anos depois, admitiu, na presença do Bispo Diocesano da Ordem dos Mínimos:

“...este foi um verdadeiro Milagre...”


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